A História da Tecmedia

1999: O carro zero e o novo site da Eliane - EP. #005

Eder Cachoeira
Escrito por Eder Cachoeira em 24 de janeiro de 2019

Na primeira semana de trabalho na Eliane, eu ia de ônibus e dormia em um hotel bem baratinho. Depois de 6 meses, comprei um carro zero!! Será que isso deu certo?

Quer mesmo saber se a história do carro zero deu certo? Então vou te contar!

O fusca verde

Quando comecei a trabalhar na Eliane eu tava tão ferrado, mas tão ferrado, que nem carro eu tinha mais. Aquele fusca verde que mostrei lá no outro vídeo tava todo quebrado, e não tinha mais condições de andar com ele.

Uma curiosidade sobre o meu fusca: O apelido dele era ‘Pepinus Car’, pois era verde escuro por fora, com o interior todo em courvin branco. Imaginou??? rsrsrs…

O trajeto para ir e voltar do trabalho

Voltando a história: como eu estava sem carro, nas duas primeiras semanas, eu fui trabalhar de ônibus. Na verdade eram dois ônibus, todos os dias: um de Tubarão até Criciúma, que dava mais ou menos uns 60 km, e outro de Criciúma até Cocal do Sul, mais uns 10 km. Nessa época eu também dava aulas no Senac, em Tubarão. Então, não poderia dormir em Cocal todos os dias. Eu tinha que estar em Tubarão pelo menos duas vezes por semana, pra dar aula a noite.

E, justamente, eu estava sem carro porque um pouco antes de eu começar na Eliane, eu percebi que o meu fusca verde estava em uma situação muito crítica, aí eu resolvi reformá-lo. E mais: resolvi fazer isso na minha própria casa, com a ajuda de vários amigos – o Ramon, o Rangel, o Cleber, o Anderson, o Ramires – Foi uma das piores ideias que já tive na vida!!! Mas isso é papo pra outro vídeo.

Bom, depois de duas semanas, o fusca ficou pronto, todo reformado. E dessa vez, pintei ele de branco. Agora era branco por fora e branco por dentro. A partir daí eu ia e voltava todos os dias, de Tubarão pra Cocal, com ele.

Morando em Cocal do Sul

Depois de mais ou menos um mês, resolvi alugar uma casa em Cocal, pra que eu pudesse dormir algumas noites por lá. Sendo que eu dava aulas apenas duas vezes por semana.

Consegui alugar uma casa que pertencia ao pai de uma colega de trabalho – a Liliane – e ainda arrumei um outro colega pra dividir o aluguel – o Wagner. Assim, eu ficava três dias em Cocal e dois dias em Tubarão, fora os finais de semana.

Mas isso durou apenas alguns meses, pois em seguida, peguei mais aulas, o que tornou inviável eu manter uma casa alugada só pra dormir só duas noites por semana, em Cocal do Sul.
Como o trajeto era longo, e diário, o fusca, mesmo reformado, não ia aguentar aquele ritmo por muito tempo, por isso, depois de uns 6 meses, resolvi vender o fusca e comprar um carro novo.

O carro zero

Foi o meu primeiro carro zero km – um Pálio 1998. Esse, sim, foi um investimento necessário e muito útil. Em outras palavras, nada mais justo do que eu ter um bom carro para poder percorrer mais de 120 km todos os dias, e dar conta de dois empregos.

E isso rolou durante quase dois anos. Foi o tempo necessário pra eu quitar o carro com o salário que eu recebia, na época.

Streaming de vídeo

Voltando a falar do trabalho na Eliane, propriamente dito: lembra que eu comentei, que o meu currículo tinha sido muito bem avaliado, na entrevista para a vaga de emprego? Então… uma das coisas que se destacou na minha experiência com internet, foi o fato de eu ter estudado muitos assuntos, entre eles, transmissão de vídeo sob demanda, ainda durante o primeiro ano de Tecmedia.
Esse ponto pesou bastante pra eu conseguir me diferenciar diante de tantos candidatos, e depois, serviu de base em outros projetos que desenvolvi lá dentro da empresa. Muito interessantes por sinal.

Como falei no outro vídeo, minha função não tava muito bem definida: fui alocado temporariamente em uma sala, onde trabalhava um outro cara – o ‘Frango’ – esse era o apelido, e eu não lembro o nome dele, mas era um sujeito muito gente boa, que me ajudou bastante nas primeiras semanas, mesmo sendo de uma área totalmente diferente da minha.

Bom, a minha função era mais ou menos a de “manter a empresa atualizada em relação a internet”. E foi isso que eu tentei fazer durante todo o tempo que trabalhei lá.

O novo site

A minha primeira iniciativa foi fazer um levantamento sobre a presença digital da Eliane. Eles tinham um site e uma intranet, naquela época.
Alguns dias depois, fui informado pelo gerente do departamento de marketing, que eles haviam contratado uma empresa para desenvolver um site novo. Portanto, minha primeira atribuição oficial foi a de acompanhar o desenvolvimento deste projeto.

Marcamos a primeira reunião com a agência responsável, e eu, logo de cara, sugeri algumas alterações, como por exemplo: incluir uma área para vídeos.
O designer da agência não ficou muito feliz, porque, na época, quase não existiam sites utilizando vídeos. Considerando que estamos falando de 1998, e a internet era relativamente nova no Brasil, os recursos extremamente limitados, desde o próprio acesso a rede até a compatibilidade dos navegadores.

O início da Eliane TV

Mas… Depois de algumas conversas, a empresa de desenvolvimento concordou em incluir os vídeos. Fiz uma pesquisa pra saber quais vídeos a Eliane possuía, em VHS. Com esse material em mãos, era preciso convertê-los para o formato digital, e eu utilizei a tecnologia Real Vídeos, que, na época, era uma das poucas tecnologias para reprodução de vídeo sob demanda na internet.

Funcionava da seguinte forma: eu utilizava uma placa de captura de vídeo, ligada ao computador, e um aparelho de vídeo cassete ligado a esta placa. Então, os vídeos em formato analógico das fitas VHS eram digitalizados para o computador.

Além da área de vídeos, que foi batizada por mim de Eliane Tv, outra aposta para valorizar os  parceiros da área de Arquitetura foi o Café Eliane, uma página do site para a divulgação de trabalhos destes profissionais utilizando os produtos da empresa.

A sala definitiva

Algumas semanas depois, o novo site foi pro ar, eu saí da sala temporária e fui trabalhar junto da equipe da computação gráfica – Com o Daniel, o Tadeu e o Charles.


Fiquei responsável pela manutenção do site, e ainda comecei a desenvolver outros projetos, como a reformulação da Intranet da empresa, o desenvolvimento do novo site do Colégio Maximiliano Gaidzinski, e vários outros. Vou falar sobre eles mais pra frente.

No próximo vídeo vou falar sobre as coberturas de eventos que fiz, utilizando a internet, sobre a iniciativa pioneira na transmissão de vídeo ao vivo, via web, lá no ano de 2000. E os detalhes sobre os outros projetos que desenvolvi dentro da Eliane. Fica ligado que tem muito coisa legal ainda!

Participe!

Pra fechar este vídeo, queria te fazer uma pergunta: qual o maior sacrifício que você já fez relacionado a trabalho?

Lembra que eu falei da história do fusca quebrado, das idas e vindas de uma cidade pra outra, de manter dois empregos, de dormir em um hotel bem fuleiro pra economizar grana?

Então? você já fez algo parecido pra poder trabalhar? valeu a pena? Conta pra mim aqui nos comentários!!!

Mais uma vez, muito obrigado por acompanhar os meus vídeos e até o próximo papo!!!!

Tchau!!!!

TAGS:

Olá,

o que você achou deste conteúdo? Conte nos comentários.