Minhas histórias

Escolhendo a escola para o meu filho: quando 'menos'​ é 'mais'​

Eder Cachoeira
Escrito por Eder Cachoeira em 5 de dezembro de 2018

Em 2018 meu filho foi para o ensino fundamental e precisou mudar de colégio (a escola do ano passado não oferecia o ensino fundamental).

Nesta fase da vida, a decisão por qual escola colocar seu filho pode influenciar diretamente na formação do caráter e da personalidade da criança, além de ajudar a desenvolver as habilidades que irão nortear quais caminhos ele seguirá no futuro.

Obs.: Não vou citar os nomes dos colégios, para não ser leviano no que se refere a minha opinião pessoal entre uma e outra escola. Quem quiser mais informações sobre a minha pesquisa, e sobre os nomes dos colégios, é só me chamar diretamente.
Diante deste desafio, em junho de 2017, comecei a pesquisar colégios aqui em Tubarão-SC. O meu objetivo era conseguir uma bolsa para matricular meu filho em um colégio particular, em período integral, e que fosse a melhor escolha para ele.

Segue o resumo da minha pesquisa:

== Colégio A ==

Primeiramente fui no Colégio A, e me inscrevi em um edital de bolsa de estudos. Preparei toda a documentação, fiz a entrevista, mas infelizmente não consegui ser aprovado no processo seletivo, devido a falta de um documento.
Procurei a secretaria do colégio, expliquei que o documento tinha sido apresentado, mas em um formato diferente do requerido no edital, por falha de interpretação minha e do meu contador. Perguntei se ainda havia tempo para corrigir o problema, uma vez que o prazo ainda não tinha encerrado, mas a atendente (nada simpática) disse que eu poderia deixar assim mesmo, que isso não iria influenciar na classificação. E foi justamente por causa deste documento que eu não fui selecionado, ou seja, segui o conselho da atendente e fui prejudicado.
Diante da não classificação, entrei em contato com o Colégio para marcar um horário com o diretor, para tentar conseguir um desconto na mensalidade. Uma outra atendente disse que eu poderia conversar com o diretor, sem problemas, mas que eu teria no máximo 15 minutos com ele.
Fui no dia e horário marcados, e a conversa não durou 10 minutos. Ele me deu um desconto, sim, mas não fez muita questão em me convencer a colocar meu filho lá. Senti uma certa arrogância, talvez por ser um dos colégios mais tradicionais da cidade e com uma demanda grande de alunos, o que não justificaria, ao meu ver, a falta de empatia das atendentes e do diretor com um ‘novo futuro cliente’. Descartei o Colégio A.

== Colégio B ==

Procurei o colégio B, e fui muito bem recebido. A secretária me apresentou todo o colégio, se mostrou interessada em me convencer que a escola seria a melhor opção para o meu filho. Me propôs um bom desconto, mas o que contou negativamente, neste caso, foi a não oferta do período integral. Também se tratava de um colégio tradicional em Tubarão. Tive que descartar o Colégio B.

== Colégio C ==

Fiquei sabendo através de um pessoa conhecida que o colégio C também estava com um edital de bolsa, aberto. Fui até o colégio (um dos mais tradicionais da cidade), preparei toda a documentação, fiz a entrevista, levei meu filho para uma avaliação, e no final do processo fomos aprovados, ou seja, ganhamos uma bolsa de 50% no valor da mensalidade, para 2018. O atendimento foi razoável, porém, um pouco distante. O Colégio C ficou como uma das opções viáveis para eu escolher.

== Colégio D ==

Procurei o Colégio D, por indicação de uma amiga, na mesma época que fiz a inscrição do edital lá no Colégio A. Desde o primeiro contato (ligação) com o Colégio D, identifiquei algo que eu não havia visto em nenhum dos outros. Senti um clima ‘super leve’, e uma atenção que eu não tinha recebido em nenhuma outra escola.
Fui até o colégio D para conversar com a coordenadora pedagógica. Enquanto eu esperava na recepção, por volta das 18 horas, todos os funcionários, que por ali passavam, me cumprimentavam com um sorriso sincero, sem interesses secundários (ganhar mais um aluno pagante, por exemplo).

Ao ver os pais indo buscar os alunos, percebi a mesma satisfação e simpatia dos funcionários. O mesmo, também em relação a maioria das crianças que saia naquele momento.

Depois de alguns poucos minutos, a coordenadora veio me receber, convidou para conhecer o colégio, explicou toda a metodologia utilizada, os materiais, os ambientes, a equipe, os valores. E tudo, de forma tranquila, natural.
No dia seguinte, por sugestão da própria coordenadora, resolvi tentar contato com o diretor, para ver a possibilidade de conseguir algum desconto nos valores da mensalidade. E para minha surpresa (ou não), a atendente (super simpática), no telefone, agendou um horário para o mesmo dia, e sem limite de tempo.

A reunião estava marcada, novamente, para o horário de saída dos alunos, e mais uma vez, senti um clima de satisfação e ‘leveza’ entre funcionários, professores, pais e alunos.

Fiquei uns 30 minutos conversando com o diretor, e ele, fez questão de me explicar boa parte do que a coordenadora já tinha falado, para que eu ficasse a vontade na hora de decidir em qual colégio colocaria meu filho. Ele se mostrou muito flexível em relação aos valores do colégio, e negociamos um desconto razoável.

Mesmo assim, antes de tomar a minha decisão, conversei com vários pais que tinham filhos no Colégio D, e todos, sem exceção, disseram que não havia nenhuma reclamação sobre o colégio, muito pelo contrário, que tanto eles quanto seus filhos, amam estar lá.

Tudo bem que o Colégio D é menor que os demais, mas isso não diminui o mérito da equipe em ser muito mais cativante e atenciosa com os pais e alunos, comparando com outros colégios tradicionais da cidade.
Não estou contestando aqui a qualidade do ensino dos colégios que eu pesquisei, apenas ressaltando a importância da empatia e do ‘clima família’ que encontrei somente no Colégio D.

Hoje, quase um ano depois, tenho absoluta certeza que tomei a decisão certa para o meu filhote.

DICA: Pesquise bastante antes de matricular seu filho em uma nova escola, e avalie todos os aspectos envolvidos. 😉

Olá,

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