Minhas ideias

Professor empreendedor, escola inovadora, aluno transformador

Eder Cachoeira
Escrito por Eder Cachoeira em 17 de abril de 2017

Nossa proposta de professor empreendedor passa não apenas pelas aulas, tornando a escola inovadora, mas pela abordagem do tema com os alunos, fazendo com que eles sejam verdadeiros transformadores.
Professor empreendedor, escola inovadora, aluno transformador 2

O professor empreendedor

Já não é novidade que não se nasce empreendedor, mas, como comportamento – ou características – podem – e devem – ser adquiridos ao longo da vida. O problema é que a maioria das pessoas está atenta a cuidar da própria vida. Muitas vezes, apenas da sobrevivência, e não tem qualquer contato que possa auxiliar no desenvolvimento de tais características ou comportamento.

 “Cada educando bem formado é fonte de novos bens, valores e força motriz para a sociedade. Isso significa que todos nós educadores cuidamos dos recursos humanos que garantirão o desenvolvimento do nosso país no longo prazo, e educar, assim, torna-se um ato ético e sustentável” (CACHOEIRA, 2016, p. 33).

Para formar alunos transformadores é preciso despertar neles as características ou comportamento empreendedor.
Hashimoto (s. d., p. 01) ensina que “a maioria das características empreendedoras não diz respeito a negócios e sim a comportamentos típicos de quem detém este perfil, e as escolas não estão preparadas para desenvolvê-las”.

Cachoeira (2016) cita 7 destas características que podem ser utilizadas para criar um ambiente empreendedor dentro da escola: a iniciativa, o interesse pela novidade, meios de identificar oportunidades, formas de avaliar riscos, novas maneiras de lidar com regras, criatividade, e autonomia.

Utilizando três dos exemplos de Hashimoto, a iniciativa, o interesse pela novidade, e os meios de identificar oportunidades,vamos adaptá-los do cotidiano em casa para a sala de aula.

A iniciativa

Segundo o mesmo autor (s.d., p. 01), as crianças “têm iniciativas natural e espontaneamente. Tudo o que precisamos fazer é apoiá-las e incentivá-las. Podem ser coisas simples, como começar um blog […]. Podem ser coisas maiores, como organizar um mutirão de ação social […]. O importante é sempre dar o primeiro passo”. Sugerimos que os alunos sejam convidados, ou desafiados a resolver um problema da comunidade. A tarefa pode iniciar por descobrir o que a comunidade precisa, quais problemas enfrenta, e como se pode resolver a necessidade ou problema.
Ainda seguindo as ideias de Hashimoto (s. d., p. 01), devemos incentivá-los, “pois a empolgação cresce na mesma medida que o envolvimento na atividade”. Se os trabalhos não fluírem conforme o esperado, “não critique e nem reprima, pelo menos no começo. […] alerte, aconselhe, mas não insista”. Também é importante que “deixe acontecer e dar errado, [pois] até estas experiências são válidas e úteis para o aprendizado” (HASHIMOTO, s. d., p. 01).

O interesse pela novidade

Já mencionamos, em outros textos, que é preciso despertar o interesse dos alunos pelas aulas, e que o modelo de ensino centrado no professor não é o que gera mais e melhores resultados. Todas as crianças são curiosas, e se incentivarmos essa curiosidade, direcionando para o que é necessário aprender, isto não será um esforço, mas um prazer. O problema do ensino não está em o que se ensina, mas como. Se o aprendizado for uma descoberta, também será uma aventura, e os alunos estarão sempre dispostos a se aventurar pelo novo.
Como professor, você domina seu conteúdo e sabe como aplicá-lo na vida, sabe como a sua área de conhecimento é útil. O segredo é despertar a curiosidade dos seus alunos, e o exemplo de identificar um problema da comunidade é excelente.
Você pode expandir para problemas do cotidiano em prédios, pensar sobre melhoramentos no trânsito, enfim, as possibilidades são infinitas. Então, é hora buscar alternativas dentro da sua área de atuação, da sua disciplina para resolver o problema identificado. Isso vai promover amadurecimento para os alunos e comprometimento com o que você ensina. Também é possível usar coisas que os alunos gostam ao contexto da sala de aula, ao cotidiano e à solução de problemas. Incentive-os a utilizar suas mentes e você descobrirá o quanto eles podem ser brilhantes!

Meios de identificar oportunidades

A mesma atividade sugerida mais acima pode auxiliar na identificação de oportunidades. Hashimoto (s. d., p. 01) ensina que “a melhor forma de aprender a identificar oportunidades é prestando atenção às coisas ao seu redor. […] Para ajudar as crianças a ficarem mais atentas a brincadeira consiste em fazer perguntas sobre percepção do ambiente”. Isto vai auxiliar a encontrar problemas e a pensar em soluções. “Com o tempo, eles se acostumam a entrar em qualquer ambiente e logo prestar atenção em todos os detalhes” (HASHIMOTO, s. d., p. 01).
Estas são apenas algumas sugestões para o professor empreender, a escola inovar e os alunos tornarem-se cidadãos transformadores.

Autores
Elita de Medeiros
Eder Cachoeira

REFERÊNCIAS
CACHOEIRA, E. Empreendedorismo para professores. 2016. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/edercachoeira1/palestra-sobre-empreendedorismo-para-professores-58378823>. Acesso em: 22 fev. 2016.
HASHIMOTO, M. Como educar um filho empreendedor. Época Negócios. [s.d.]. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT282838-16354,00.html>. Acesso em: 23 fev. 2016.

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